No momento em que viu aquele sorriso de satisfação no rosto do Bill, Jared soube que este ia atribuir lhe um trabalho que não gostaria. E bem, que tinha que fazer um homem para que lhe deixassem escolher suas missões?, pensou por enésima vez. Conseguir que lhe pegassem um tiro? O que vai, isso já o tinham feito em três ocasiões. E que tal ser seqüestrado? Tinha-lhe acontecido duas vezes, Né! E que tal passar tão pouco tempo em casa que sua mulher terminasse deixando-o por outro, um vendedor de carros de segunda mão que depois fosse o pai de seus três filhos? Não. Isso também lhe tinha ocorrido. Então, que tal fazer-se muito velho para permanecer em ativo? Muito tarde; a seus quarenta e nove anos, Jared tinha a sensação de ter alcançado sorte idade uns seis anos antes.
—Não me olhe assim —disse Bill enquanto sustentava aberta a porta de seu escritório para que entrasse Jared.
Com um grunhido e fingindo uma pronunciada claudicação, Jared se dirigiu à cadeira que havia frente à abarrotada mesa do Bill, sobre a que descansava uma placa que tinha gravado o nome William Teasdale. Estirou a perna com movimentos rígidos e se esfregou o joelho ostentosamente, como se estivesse sofrendo uma grande dor.
—Pode cortar-lhe disse Bill ao tempo que se sentava ao outro lado da mesa—. Não me dá nenhuma pena e, embora a sentisse, não poderia te liberar desta. —Tomou uma pasta e olhou ao Jared por cima do bordo—. À maioria dos agentes adorariam que lhes encomendássemos missões sobre o terreno. por que a ti não?
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